porque hoje é 12 de junho véspera de 13 quando se comemora o dia de Santo Antônio o Santo Casamenteiro
Jura Secreta 14
eu te desejo flores lírios brancos
margaridas girassóis rosas vermelhas
e tudo quanto pétala
asas estrelas borboletas
alecrim bem-me-quer e alfazema
eu te desejo emblema
deste poema desvairado
com teu cheiro teu perfume
teu sabor teu suor tua doçura
e na mais santa loucura
declarar-te amor até os ossos
eu te desejo e posso :
palavrArte até a morte
Artur Gomes
Juras Secretas –
Editora Penalux 2018
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https://braziliricapereira.blogspot.com/
Nesta próxima segunda-feira passarei o dia na Casa de Cultura poeta Antônio Silva em Conselheiro de Josino, atendendo ao convite do seu coordenador, Helder Rangel, para conversar sobre Arte, com os alunos da Casa e falar poesia.
e ela vai pintando
o homem com a flor na boca
com seus pincéis de aquarela
poema que só é possível
pelas lentes dos olhos dela
Artur Gomes
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O Homem Com A Flor Na Boca
Privatize-se tudo!”
A mim parece-me bem.
Privatize-se Machu Picchu, privatize-se Chan Chan,
privatize-se a Capela Sistina,
privatize-se o Pártenon,
privatize-se o Nuno Gonçalves,
privatize-se a Catedral de Chartres,
privatize-se o Descimento da Cruz,
de Antonio da Crestalcore,
privatize-se o Pórtico da Glória
de Santiago de Compostela,
privatize-se a Cordilheira dos Andes,
privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu,
privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei,
privatize-se a nuvem que passa,
privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno
e de olhos abertos.
E, finalmente, para florão e remate de tanto privatizar,
privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez
a exploração deles a empresas privadas,
mediante concurso internacional.
Aí se encontra a salvação do mundo…
E, já agora, privatize-se também
a puta que os pariu a todos.
– José Saramago, em “Cadernos de Lanzarote – Diário III”. Lisboa: Editorial Caminho, 1996
*
Liberdade plena
Nós temos sempre necessidade de pertencer a alguma coisa; e a liberdade plena seria a de não pertencer a coisa nenhuma.
Mas como é que se pode não pertencer à língua que se aprendeu, à língua com que se comunica, e neste caso, a língua com que se escreve?
Se o leitor, o leitor de livros; aquele que gosta de ler, não se limitar àquilo que se faz agora, se ele andar para trás e começar do princípio, e poder ler os primitivos e os grandes cronistas e depois os grandes poetas, a língua passa a ser algo mais que um mero instrumento de comunicação, transformando-se numa mina inesgotável de beleza e valor.
José Saramago
Oficina de Poesia Falada
escrita criativa – criação e
interpretação
texto de Marianna sobre conto do livro Invisíveis de Adriano Moura – aula de ontem com Artur Gomes – 8/06/2024
Página 93. Conto: Isto não é
um fuzil.
O conto tem como personagem o Amaro, um homem negro. E fala de forma breve, porém muito perspicaz, de como o Amaro preferiu sair de casa até o ponto de ônibus, desprotegido sem um guarda-chuva, pois um guarda-chuva na mão de um homem negro pode ser mais
Oficina de Poesia Falada
escrita criativa – criação e interpretação
Texto de Ingrid sobre poesia de Affonso Romano de Santanna - na aula de ontem - sábado 8/06/2024
com Artur Gomes
*
Página 18 - "Como o primitivo"
Na poesia, o autor compara a escrita com um primitivo tentando acender o fogo como antigamente, esfregando a palma da mão no graveto. Durante a escrita, ele fala sobre não saber os motivos que fazem a poesia arder e, até mesmo, o porquê dela existir.
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