domingo, 9 de junho de 2024

múltiplas poéticas

porque hoje é 12 de junho véspera de 13 quando se comemora o dia  de Santo Antônio o Santo Casamenteiro

 

Jura Secreta 14 


eu te desejo flores lírios brancos 
margaridas girassóis rosas vermelhas 
e tudo quanto pétala 
asas estrelas borboletas 
alecrim bem-me-quer e alfazema 

eu te desejo emblema 
deste poema desvairado 
com teu cheiro teu perfume 
teu sabor teu suor tua doçura 

e na mais santa loucura 
declarar-te amor até os ossos 

eu te desejo e posso : 
palavrArte até a morte 

enquanto a vida nos procura  

 

Artur Gomes

Juras Secretas –

Editora Penalux 2018

leia mais no blog

https://braziliricapereira.blogspot.com/

 

Nesta próxima segunda-feira passarei o dia na Casa de Cultura poeta Antônio Silva em Conselheiro de Josino, atendendo ao  convite do seu coordenador, Helder Rangel, para conversar sobre Arte, com os alunos da Casa e falar poesia.

 

 e ela vai pintando

 o homem com a flor na boca

 com seus pincéis de aquarela

 poema que só é possível

pelas lentes dos olhos dela

 

Artur Gomes

leia mais no blog

O Homem Com A Flor Na Boca


 Privatize-se tudo!”

A mim parece-me bem.

Privatize-se Machu Picchu, privatize-se Chan Chan,

privatize-se a Capela Sistina,

privatize-se o Pártenon,

privatize-se o Nuno Gonçalves,

privatize-se a Catedral de Chartres,

privatize-se o Descimento da Cruz,

de Antonio da Crestalcore,

privatize-se o Pórtico da Glória

de Santiago de Compostela,

privatize-se a Cordilheira dos Andes,

privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu,

privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei,

privatize-se a nuvem que passa,

privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno

e de olhos abertos.


E, finalmente, para florão e remate de tanto privatizar,

privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez

a exploração deles a empresas privadas,

mediante concurso internacional.

Aí se encontra a salvação do mundo…


E, já agora, privatize-se também

a puta que os pariu a todos.

 

– José Saramago, em “Cadernos de Lanzarote – Diário III”. Lisboa: Editorial Caminho, 1996

                                  *

           Liberdade plena

Nós temos sempre necessidade de pertencer a alguma coisa; e a liberdade plena seria a de não pertencer a coisa nenhuma.
Mas como é que se pode não pertencer à língua que se aprendeu, à língua com que se comunica, e neste caso, a língua com que se escreve?
Se o leitor, o leitor de livros; aquele que gosta de ler, não se limitar àquilo que se faz agora, se ele andar para trás e começar do princípio, e poder ler os primitivos e os grandes cronistas e depois os grandes poetas, a língua passa a ser algo mais que um mero instrumento de comunicação, transformando-se numa mina inesgotável de beleza e valor.

                                 José Saramago



              Oficina de Poesia Falada

escrita criativa – criação e interpretação

texto de Marianna sobre conto do livro  Invisíveis de Adriano Moura – aula de ontem com Artur Gomes – 8/06/2024

 

Página 93. Conto: Isto não é um fuzil.

 

O conto tem como personagem o Amaro, um homem negro. E fala de forma breve, porém muito perspicaz, de como o Amaro preferiu sair de casa até o ponto de ônibus, desprotegido sem um guarda-chuva, pois um guarda-chuva na mão de um homem negro pode ser mais 


Oficina de Poesia Falada

escrita criativa – criação e interpretação

Texto de Ingrid sobre poesia de Affonso Romano de Santanna  - na aula de ontem - sábado 8/06/2024

com Artur Gomes 

                 *

 Página 18 - "Como o primitivo"

 Na poesia, o autor compara a escrita com um primitivo tentando acender o fogo como antigamente, esfregando a palma da mão no graveto. Durante a escrita, ele fala sobre não saber os motivos que fazem a poesia arder e, até mesmo, o porquê dela existir.


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