segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Itabapoana Mar De Letras Rio De Palavras



tratado primeiro 

das letras quero tudo da palavra arranco gesto jiddu não me ensinou a mímica das metáforas ficou tudo suspenso cavalo solto no espaço pra quem quiser galopar

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laranja cósmica

em são francisco de itabapoana não tem laranja cravo poukan ou mexerica como meus intestinos não vivem  mais sem bagaço de laranja estou importando laranja do cosmo com minha astronômica luneta descobri fartura de laranjas em marte vênus plutão e o irônico é que em são francisco do itabapoana só tem laranjas nos telhados não tem laranjas no chão

 

Federico Baudelaire

Itabapoana Pedra Pássaro Poema

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couro cru & carne viva

adriano moura no prefácio de o homem com a flor na boca foca na obra do  “bardo da cacomanga”  sua poética política e memória. volto um pouco lá atrás ao ano de 1987, para dizer que na obra desse “trovador contemporâneo” sua liberdade criativa provoca, afronta regras, desconstrói linguagens. bota a carnavalha na cara da “louca  das minas”, que em seu surto delirante invade o palco da teatro francisco nunes em belo horizonte e grita que: “liberdade não é libertinagem”. sereno e imperativo o serAfim com a “flor na boca” contua a desfolhar sua bandeira no outro lado do palco na tela:

“no centro do universo te mando um beijo ó amada enquanto arranco uma espada  do meu peito varonil espanto todas estrelas dos beijos  do eternamente pra que acorde toda esta gente deste vasto céu de anil pois enquanto dorme o gigante esplêndido sono profundo não vê que do outro mundo robôs que enrabam ó mãe gentil!

 

Engels  La Puente – do black ryver jardiNÓpolis Batatais

8 setembro – 2024

* 

 

geleia geral

poema para ser cantado/falado nos saraus dos bares por esse brazyl que a tantas eras explode pelos ares

 

“é preciso estar atento e forte

não temos tempo de temer a morte”

                          Caetano Veloso

 

Gilberto Gil cantou

:

começou a circular

o expresso 2 2 2

que parte direto de bonsucesso

pra depois

 

o tempo rei

aponta a flecha

estica a lança

o velho deus mu dança

 

subo nesse palco

minha alma cheira talco

como bumbum de bebê

 

o deus justiça

rola o lance

nos dados sempre seis

 

poesia não cai do céu

é blues rasgado da carne

para o branco do papel

 

com um grito de alerta

:

sou o punk da periferia

sou da freguesia do ó

       ó aqui pra vocês!

 

Artur Gomes

Itabapoana Pedra Pássaro Poema
 

Itabapoana Pedra Pássaro Poema

    Mar de Letras Rio De Palavras 

                   quando tiro os panos

fico nu

o poema muda de cor

      tem outros planos

muda a flor

dos meus enganos

pássaro no ar

               feito  urubu 



mitologia fulinaimânica

 

explicitamente picasso nunca nos disse guernica o que signi-fica o  corpo do fonema aliterações alisam a orelha de van gog fartura farta fogo farra festa federico baudelaire tocando fado pras fadinhas de vênus falarem com a  fênix do farol de alexandria enquanto freud nem fode nem explica o que aconteceu na sexta feira no luau das laranjeiras depois que federika furtou a farinha do desejo de toda família do império das bananas no largo do machado infeliz  das oliveiras

 

Irina Serafina

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mitologia fulinaimânica 2

 

cubismo é um objeto estranho

encontrado por uma sereia

nos lençóis do maranhão

em noite d e lua cheia

teria vindo do mar

ou foi criado ali mesmo

naquele chão de areia

 

onde nenhum rabo de arraia

resistiu a ventania

não pense filme de terror

porque já tem gente por aí

dizendo que este samba é pra você

ó meu amor!

e que eu só escrevo putaria

 

Pastor de Andrade

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mitologia sagarânica

 

salvador alisa os bigodes de dali macabea ensandecida morre ali mesmo em sucupira no presídio federal de brazilírica porcina mete a língua na faca de lorca as unhas sujas de irina corta morangos mofados na fruteira  odorico ordena zeca diabo a organizar o enterro das camélias diadorim sopra o cano da garrucha  pendurada em seu olho esquerdo sagarânica em polvorosa comemora mais uma noite de são joão

 

EuGênio Mallarmè

In Itabapoana Pedra Pássaro Poema

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mitologia sagarínica

 

macabea a rainha das artes cínicas insatisfeita  com o rumo dos canaviais  aliciara  presidiários a saltarem os muros do presídio federal de brazilírica  federico o carcereiro desconfiou da facada que levaria pelas costas mas o matuto astuto como era invocou nossa senhora das cabeças tortas e rezou uma ladainha com os caramurus dos serAfins convocando eros e vênus para o banquete pornolírico com as descendentes de olivácio e gigi remexendo seus colírios que trouxera atrás dos braços  deposita sua iansã  por sobre a mesa e despacha  macabea pro espaço

 

Federika Bezerra 


mitologia brazilianas

breton mastigava poemas de baudelaire no jantar da quinta da boa vista dois anos depois da independência d pedro não conseguiu engolir abapuru no quartel da realeza  leopoldina perambulava distraída e  preocupada com as cartas de bonifácio recebeu notícias que em pernambuco havia chegado um ser estranho pintado em cores assombrosas perturbava a calmaria daquele estado de incertezas para os caminhos da imperatriz uma sombra pairava sobre as  chaves do seu guarda-roupa sem saber ao menos com que roupa iria desfilar no dia de são cristóvão na confeitaria colombo a sua afrodite de vênus 

 

Federika Lispector 


mitologia serafínica

 

irina estava vestida de beatriz primeira posava para mais um clássico do surrealismo de magrite no quarto preparava a cama para a chegada de wermer a alta temperatura do verão de sorocaba alterou a  visão pictórica do pintor da menina dos brincos de pérola que no jardim enfiava o pincel por entre a espessa barba esperando a primavera lady gumes apressada como sempre se aproveitou da cama e vive uma calorosa noite de amor sem mesmo querer saber quem era a serafina debaixo dos lençóis maranhenses

 

Pastor de Andrade

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