Balbúrdia Poética 4
Balbúrdia é uma coisa magnífica de prazer dia 3 de dezembro na Patuscada minha gang baudelérica se contra com você
Preparem a garganta e vamos celebrar a memória desses dois grande amigos Rubens Jardim e Luis Mendes com muita poesia
Gratidão Tchello d´Barros pela parceria de sempre
por tanto tempo
por tanta escrita
por tanta carta
sem respostas
nossos moinhos de vento
muito além da mesa posta
ainda trago em mim
tuas mãos
tuas coxas
tuas costas
a tua língua
entre os dentes
em ex-camas que não tivemos
em madrugadas expostas
e tua fome era tanta
em tudo o que não fizemos
nesse teu corpo de santa
naquele tempo de bestas
na caretice de bostas
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Balbúrdia PoÉtica 5
A Balbúrdia 1 e 2 foram realizadas na Taberna de Laura - Copacabana – Rio de Janeiro. A Balbúrdia 3 foi realizada no Bistrô do Ernesto – Lapa – Rio de Janeiro – a Balbúrdia 4 será realizada na Patuscada – São Paulo – e a Balbúrdia 5 – onde será?
São João Del Rey-MG, Campos dos Goytacazes-RJ?
Tentem adivinhar.
Artur Gomes
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governantes
de negócios
Aves de rapina
sobrevoam os céus
de Brazilírica
vender é o grande jogo
dos governantes de negócio
não é metáfora metafísica
figura de linguagem
e pura sacanagem
eles dão o golpe
na calada da noite
no romper da madrugada
vendem a coisa pública
porque gostam da privada
Federika Bezerra
o
instante em tua coisa já
esta noite
vou roubar tua boca
e falar por entre
teus dentes e língua
me apossar do teu silêncio
da tua alma
do teu corpo
antes do amanhecer
já te terei em mim
em cada músculo
ainda vivo
em cada poro
entre teus pelos
minha língua
os meus dentes
minhas unhas
nada ficará em teu corpo
que não seja eu
em cada coisa que o instante é
eu quero estar em tua coisa já
Federika Lispetor
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atentado poético
mesmo se eu estivesse nua você nunca saberia quem
eu sou muitas vezes ando trans/vestida com a espada de Ogum Beira Mar tenho o
sal entranhado em minhas coxas e o veneno na língua como um poema/pomba que não
é da paz um artefato anti/bélico que pode explodir neste instante enquanto
V(l)ER.
Federika Lispector
na pele do poema
o cavalo selvagem
cavalga a pele do poema
enquanto transa na pastagem
um novo trote
a deusa do rock
berra em outro canto
enquanto na voragem da vertigem
assento a Pedra de Xangô
em Vitória do Espírito Santo
Federika Bezerra
Com Os Dentes Cravados Na Memória
Mesmo com uma grande dor, provocada por um bico de papagaio que a décadas insiste em cantar na minha coluna, roubando-me as vezes a paciência, passei uma tarde de ontem super divertida no Auditório Miguel Ramalho em cia da equipe de Coordenação de Projetos de Audiovisual e Design Para Educação - Centro de Referência do IFF Campos Campus Centro.
Motivo do Encontro: um depoimento sobre os mais de 50 anos que Vivi no IFF desde os tempos de aluno no Ginásio Industrial na então ETC (Escola Técnica de Campos), de 1961 a 1964. Passando pelo período de 1968 a 1986 quando já servidor da ETFC(Escola Técnica Federal de Campos), trabalhei como Linotipista na Oficina de Artes Gráficas (Tipografia).
De 1975 a 1985 mesmo subvertendo a ordem natural vigente que direcionava a instituição, criei totalmente à revelia da direção na época, uma Oficina de Teatro, que se manteve subversiva até 1986 (pois era assim que os professores reacionários da época se referiam a atividade.
Nunca fui poeta de bons modos, bons costumes, e como os alunos da Oficina de Teatro, eram também alunos da ETFC, nos "anos de chumbo" onde o Diretor da instituição era escolhido pelo MEC, depois de algum curso na Escola Superior de Guerra, era normal que a minha atividade com Teatro dentro da Escola fosse tratada como Subversão.
Em 1986, acontece as primeiras "Eleições Diretas", nas Escolas Técnicas Federais e nas Universidades Federais, pós Ditadura. Na ETFC se elege Diretor o Professor de Matemática Luciano D´Angelo. Como desde 1980 o trabalho com a Oficina de Teatro havia ultrapassado os muros da cidade e ganhado as ruas de Campos, com o Auto do Boi-Pintadinho, Luciano então, me transfere da Tipografia para o Grupo de Atividades Culturais.
Em 1997 a ETFC já havia se transformado em CEFET, e com a nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases), criada por Darcy Ribeiro, a Oficina de Teatro, como outras Oficinas de Arte que já existiam então passam a fazer parte da grade curricular para os alunos do Curso Técnico (nível médio). No período de 1997 a 2002 passo então a Coordenador da Oficina de Artes Cênicas, até a minha aposentadoria.
De 2011 a 2012 convidado pelo então Diretor do IFF Campos Campus Centro, Jefferson Manhães, volto a instituição para Dirigir Oficinas de Criação e Produção Cine Vídeo e crio o I Festival de Cinema Curta-IFF, realizado em 2012 no Auditório Cristina Bastos.
As 3 horas de bate papo e gravações foram poucas para narrar os períodos e os fatos em seus mínimos detalhes. Esperava que um dia, acompanhando e vivendo as transformações do IFF como acompanho, que esse depoimento viesse a acontecer, e esses 50 anos vividos ali dentro pretendo transformar no livro Com Os Dentes Cravados Na Memória, onde não só o que vivi dentro do IFF será contado, mas também muito da minha travessuras culturais por este país a fora.
Equipe da Coordenação de Projetos de Audiovisual e Design para Educação que trabalharam nas gravações: Larissa Vianna, Rodrigo Otal, Carlos Henrique Morelato e Lionel Mota.
Artur Gomes
Com Os Dentes Cravados na Memória
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A vida também é feita de memória, hoje via zap refiz o contato com uma querida amiga Carmem Lage, companheira do querido poeta amigo, irmão parceiro e responsável pela realização da Mostra Visual De Poesia Brasileira, que fizemos em Teresina, em 1994, homenageando Torquato Neto e Mário Faustino.
“Olá Artur, também ficamos felizes por esse reencontro, lembro muito de você recitando maravilhosamente bem e forte na galeria do teatro quatro de setembro ainda em 1994 em Teresina. Abraços” – Carmen Lage
tão distante teresina
me lembro da cajuína
saudade da faustina
que conheci no carnaval
da mostra visual de poesia
brasileira
tinha carlos careqa
jormmad muniz de brito
rubervam du nascimento
o verbo então carnal
argamassa no cimento
mas a carne tão macia
viva crua quase nua
acenderam a luz no apartamento
Artur Fulinaíma
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uma cidade sem memória não é uma cidade
Federico Baudelaire
Campos precisa acordar para voltar a ser
Rúbia Querubim
tocar-te por dentro lentamente calmamente como quem morde a maçã na boca da serpente e uiva mastigando a carne como sobremesa
Artur Kabrunco
o gosto da tua carne não conheço não me deste o endereço
Federika Bezerra
transverso anjo avessso atravesso as artérias da cidade águas do paraíba emporcalhadas de esgotos
Irina Serafina
como poesia devoro para matar a fome quando oro o prazer tem outro nome
Artur Gomes
absinto impossível te sentir mais do que já sinto
Pastor de Andrade
cidade veraCidade nossas angústias penduradas nos varais
Federika Lispector
viva a lira do delírio antropofágica paulistana metendo a língua desbragada nos bordéis de copacabana
Lady Gumes
o delírio é a lira do poeta se o poeta não delira sua lira não concreta
Artur Fulinaíma
desde os tempos de moleque para descascar carne de manga faca facão canivete arma branca de pivete nos quintais da cacomanga
EuGênio Mallarmè
não tenho papas na língua nem pastor me come as coxas eu sou do mar da tempestade beira mar é quem lambe as minhas ostras
Gigi Mocidade
*
In Vampiro Goytacá Canibal Tupiniquim
Livro inédito de Artur Gomes – lançamento previsto para 2025
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Dia 4 novembro 9:30h
performance com poesia dos livros Suor & Cio 1985 e O Homem Com A Flor Na Boca 2023 –
Ciep 147 – José do Patrocínio – Campos dos Goytacazes-RJ
Artur Gomes é poeta ator produtor cultural - atua na Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima como Coordenador de Cultura e recentemente foi eleito para a Academia Campista de Letras para ocupar a cadeira 12 antes ocupada pelo professor Hélio de Freitas Coêlho
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fulinaimagens
itabapoana
são francisco não me
engana
na alquimia sagrada
da pessoa
sou pedra profana que
voa
eu sou
a tempestade
curta e grossa
a dinamite
na tapera
cacomanga
na palhoça
o número ímpar
na página 3 da taboada
que estudei na minha infância
a trovoada
a ventania
caldeirão tufão furacão
revolução
na travessia
sou o
cão
fã incondicional
da poesia
de Ademir Assunção
Artur Gomes
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Poeta Artur Gomes é eleito para cadeira 12 da Academia Campista de Letras
O último ocupante dessa cadeira foi o professor e ex-presidente da ACL Hélio de Freitas Coelho
*
Os membros da Academia Campista de Letras (ACL) elegeram Artur Gomes, poeta, ator e produtor cultural, para ocupar a cadeira n. 12 da instituição, na noite de quinta-feira (3).
O último ocupante dessa cadeira foi o professor e ex-presidente da ACL Hélio de Freitas Coelho, tendo como patrono Heitor de Araújo Silva.
Candidataram-se como postulantes à vaga os escritores Diego Nunes Abreu, Ivan Vilela Júnior, Pedro Henrique Rodrigues Ribeiro, Thais de Souza Silva, Wedson Felipe Cabral Pacheco e Wesley Barbosa Machado.
As candidaturas, previamente analisadas pela comissão eleitoral (formada pelo presidente Ronaldo Junior, pelo segundo vice-presidente Carlos Augusto Alencar e pela Secretária Titular Sylvia Paes), foram deferidas e assim votadas: Artur Gomes obteve 15 votos, enquanto Pedro Henrique Ribeiro obteve 1 voto. Os demais não receberam votos.
A cerimônia de posse está marcada para ocorrer no sábado, dia 19 de outubro, às 16h, na sede da ACL, localizada no Jardim São Benedito.
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Artur Gomes – Fulinaimagens
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Em 16 de dezembro de 2016 a convite do querido e saudoso amigo Hélio de Freitas Coêlho – então presidente da ACL - Academia Campista de Letras, estreei a performance poética com os dentes cravados na memória com a qual circulei pelo Brasil durante todo anos de 2017
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irina tem o sexo na pétala de flor sobre os cabelos desejo a pele
os poros os pelos entre o vão das coxas lamber chupar morder mastigar mergulhar
no mar do teu sossego entro até que o
líquido salgado escorra pela língua e desça pela garganta a dentro
Federico
Baudelaire
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O Homem Com A Flor Na Boca
Adorei saber que Artur Gomes vai ocupar a cadeira n. 12 da Academia Campista de Letras. Que escolha acertada! Artur tem dedicado sua vida à poesia através de livros, vídeos, performances, saraus etc. É, sem sombra de dúvidas, um nome honroso para tão conceituada instituição cultural. Parabéns, admirado poeta e querido amigo Artur Gomes!
Joilson Bessa da Silva
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Artur Gomes – Fulinaimagens
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como bem disse Carlos Augusto e tantos outros também já disseram, minha trajetória é provocativa, sim, e continuará sendo não tenho motivos nem razões para que não seja
poesia me vem dos dentes
das unhas da língua da carne
dos nervos das fímbrias
dos músculos matéria métrica
metáfora dos ossos
em tudo por onde tocar
ainda posso
existem almas mansas
leves limpas calmas
e também as espíritos de porca
com a minha
e a de Federico Garcia Lorca
Artur Gomes
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A Vida É Feita De Cheiros e Sabores
A Casa do Tempero
tem um poder de alquimia
pensando alimentação
ciência filosofia
é só chegar que os cheiros
me tomam os 5 sentidos
e as vozes que ali ouço
me fazem bem aos ouvidos
me trazem prazer e poesia
ali sou freguês assíduo
de todas as ervas de cheiro
de todos os temperos
dos farelos de aveia e de trigo
da castanha de caju
biscoito de amendoim
acho que essa casa foi criada para mim
Desde 1987
componho a minha alimentação
com ingredientes orgânicos/naturais
alguns deles a base de soja
até mesmo o vinho e acerveja
hoje só bebo sem álcool
sem descartar o feijão vermelho
que me reflete quando estou
frente ao espelho
Alimentação saudável
é base fundamental
para saúde de qualquer um
o quê você encontra na Casa do Tempero
em são Francisco de Itabapoana
não vai encontrar em lugar nenhum
Artur Gomes
In Itabapoana Pedra Pássaro Poema
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Casa do Tempero
Av. Vereador Edenites da Silva Viana - São Francisco de Itabapoana, RJ, 28230-000.
poema das invenções
fosse essa jura secreta
brazilírica fulinaimagem
mutações em pré-juizo
muito além da mesa posta
couro cru em carne viva
lambendo suor e cio
como corrente de rio
deságua no além mar
profana sagaraNAgem
nos gumes da carNAvalha
teu corpo em Maracangalha
fulinaimando comigo
agulha no meu umbigo
como uma faca nos dentes
a língua na flor da boca
em transitiva linguagem
ereto poema crescente
rasgando a carne no grito
o gozo nos nervos de dentro
roendo os ossos do mito
Artur Gomes
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Em 1984 poemas meus foram publicados na Antologia Carne Viva, organizada por Olga Savary, considerada a primeira Antologia de poesia erótica publicada no Brasil, com a presença de poetas como Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Gullar, Affonso Romano de Sant´Anna.
Carne Proibida
o preço atual
proíbes que me comas
mas pra ti
estou de graça
pra ti
não tenho preço
sou eu quem me ofereço
a ti
músculo & osso
leva-me à boca
e completa o teu almoço
Artur Gomes
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quando nasci meu pai me deu caju minha mãe severina cuscuz com
carne seca no leite da manhã vã filosofiia lembra daquele dia dezembro mil
novecentos e noventa e quatro? j medeiros deu um show trepado no túmulo do
torquato saímos do cemitério pro mercado
para lamber a cajuína era uma tarde de sol em teresina –
EuGênio Mallarmè
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tenho prestado atenção em algumas coisas além da fumaça e do
cinza espalhado por sob esse céu de estanho para não dizer de zinco entre um
incêndio e outro o pantanal a Amazônia vão se esvaindo em chamas e a vida cada
vez mais precária entre os animais humanos onde a ignorância a violência é o
saber de muitos e a consciência crítica é o saber de poucos
Artur
Gomes
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Artur Gomes – FULINAIMAGENS
ainda não disse que te amo mas não se assuste o beijo está
guardado debaixo dos tecidos que cobrem o esqueleto à flor da pele na carne onde
a palavra mora e a lavra aplaca qualquer ferida deixada por alguém que já foi
embora
muitas coisas muitas vezes tão distantes me parecem tão
presentes que o ausente evapora como éter eternamente simplesmente o rio
escorrega por entre pedras e seixos e a vida segue o curso da corrente numa boa
a pedra que rola sob o leito d´água muitas vezes voa
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remix fulinaímico
suor & cio revisitado
a quem interessa o poema
na sala escura do cinema
o verso atravessado na garganta
nesse país que não levanta?
entre/aberto
em teus ofícios
é que meu peito de poeta
sangra ao corte das navalhas
minha veia mais aberta
é mais um rio que se espalha
na noite uma estrela
ainda brigava contra a escuridão
na rua sob patas
tombavam homens indefesos
e meus versos descarados
em teus lábios – presos
gigi em ouro preto
me deu um beijo na boca
quando ouviu
alguém cantando milton
ali em frente no porão
um país incendiado
e o poeta segue sempre
o seu destino em marginalha
o seu caminho em contra-mão
Artur
Gomes
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Itabapoana Pedra Pássaro Poema
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mitologia
itabapoânica
itabapoana a pedra submersa nas águas de são francisco hoje voa sobrevoa a lama da planície goytacá se
desviando os fungos criados por fezes e urina de ratos e morcegos que habitaram páginas de livros antigos fora e dentro dos
arquivos federika bezerra me conta que no período em que se hospedou no hotel
amazonas recebeu informações de fontes misteriosas sobre o paradeiro dos tais
ratos, morcegos e outros roedores que
surgira dos esgotos da velha aldeia
tupinambara quando seus integrantes passaram pela intrépida cidade
Gigi
Mocidade
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Itabapoana Pedra Pássaro Poema
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tudo aquilo que não digo
eu diria
tudo aquilo que não digo
não foi ainda pensado
triturado mastigado consumido
digo
:
preste mais atenção
em tudo aquilo que não digo
me dizia paulo leminski
olhando poema de kandinski
tatuado em meu umbigo
EuGênio Mallarmè
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Itabapoana Pedra Pássaro Poema
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tratado primeiro
das letras quero tudo da palavra arranco gesto jiddu não me
ensinou a mímica das metáforas ficou tudo suspenso cavalo solto no espaço pra quem
quiser galopar
*
laranja cósmica
em são francisco de itabapoana não tem laranja
cravo poukan ou mexerica como meus intestinos não vivem mais sem bagaço de laranja estou importando
laranja do cosmo com minha astronômica luneta descobri fartura de laranjas em
marte vênus plutão e o irônico é que em são francisco do itabapoana só tem
laranjas nos telhados não tem laranjas no chão
Federico Baudelaire
Itabapoana Pedra Pássaro Poema
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*
couro cru & carne viva
adriano
moura no prefácio de o homem com a flor na boca foca na obra do “bardo da cacomanga” sua poética política e memória. volto um pouco
lá atrás ao ano de 1987, para dizer que na obra desse “trovador contemporâneo”
sua liberdade criativa provoca, afronta regras, desconstrói linguagens. bota a carnavalha
na cara da “louca das minas”, que em seu
surto delirante invade o palco da teatro francisco nunes em belo horizonte e
grita que: “liberdade não é libertinagem”. sereno e imperativo o serAfim com a “flor
na boca” contua a desfolhar sua bandeira no outro lado do palco na tela:
“no
centro do universo te mando um beijo ó amada enquanto arranco uma espada do meu peito varonil espanto todas estrelas
dos beijos do eternamente pra que acorde
toda esta gente deste vasto céu de anil pois enquanto dorme o gigante esplêndido
sono profundo não vê que do outro mundo robôs que enrabam ó mãe gentil!
Engels La
Puente – do black ryver jardiNÓpolis Batatais
8
setembro – 2024
*
geleia geral
poema para ser cantado/falado nos saraus dos
bares por esse brazyl que a tantas eras explode pelos ares
“é preciso estar atento e
forte
não temos tempo de temer a
morte”
Caetano Veloso
Gilberto Gil cantou
:
começou a circular
o expresso 2 2 2
que parte direto de bonsucesso
pra depois
o tempo rei
aponta a flecha
estica a lança
o velho deus mu dança
subo nesse palco
minha alma cheira talco
como bumbum de bebê
o deus justiça
rola o lance
nos dados sempre seis
poesia não cai do céu
é blues rasgado da carne
para o branco do papel
com um grito de alerta
:
sou o punk da periferia
sou da freguesia do ó
ó aqui pra vocês!
Artur
Gomes
Itabapoana Pedra Pássaro Poema
fico nu
o poema muda de cor
tem outros planos
muda a flor
dos meus enganos
pássaro no ar
feito urubu
mitologia fulinaimânica
explicitamente picasso nunca nos disse guernica o que signi-fica o corpo do fonema aliterações alisam a orelha de van gog fartura farta fogo farra festa federico baudelaire tocando fado pras fadinhas de vênus falarem com a fênix do farol de alexandria enquanto freud nem fode nem explica o que aconteceu na sexta feira no luau das laranjeiras depois que federika furtou a farinha do desejo de toda família do império das bananas no largo do machado infeliz das oliveiras
Irina Serafina
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mitologia
fulinaimânica 2
cubismo é um objeto estranho
encontrado por uma sereia
nos lençóis do maranhão
em noite d e lua cheia
teria vindo do mar
ou foi criado ali mesmo
naquele chão de areia
onde nenhum rabo de arraia
resistiu a ventania
não pense filme de terror
porque já tem gente por aí
dizendo que este samba é pra você
ó meu amor!
e que eu só escrevo putaria
Pastor de
Andrade
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mitologia
sagarânica
salvador alisa os bigodes de dali macabea ensandecida morre
ali mesmo em sucupira no presídio federal de brazilírica porcina mete a língua
na faca de lorca as unhas sujas de irina corta morangos mofados na fruteira odorico ordena zeca diabo a organizar o enterro das
camélias diadorim sopra o cano da garrucha pendurada em seu olho esquerdo sagarânica em
polvorosa comemora mais uma noite de são joão
EuGênio
Mallarmè
In Itabapoana Pedra Pássaro Poema
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mitologia sagarínica
macabea a rainha das artes cínicas insatisfeita com o rumo dos canaviais aliciara presidiários a saltarem os muros do presídio
federal de brazilírica federico o
carcereiro desconfiou da facada que levaria pelas costas mas o matuto astuto como
era invocou nossa senhora das cabeças tortas e rezou uma ladainha com os
caramurus dos serAfins convocando eros e vênus para o banquete pornolírico com
as descendentes de olivácio e gigi remexendo seus colírios que trouxera atrás
dos braços deposita sua iansã por sobre a mesa e despacha macabea pro espaço
Federika Bezerra
mitologia
brazilianas
breton mastigava poemas de baudelaire
no jantar da quinta da boa vista dois anos depois da independência d pedro não conseguiu
engolir abapuru no quartel da realeza leopoldina
perambulava distraída e preocupada com
as cartas de bonifácio recebeu notícias que em pernambuco havia chegado um ser
estranho pintado em cores assombrosas perturbava a calmaria daquele estado de incertezas
para os caminhos da imperatriz uma sombra pairava sobre as chaves do seu guarda-roupa sem saber ao menos
com que roupa iria desfilar no dia de são cristóvão na confeitaria colombo a sua afrodite de vênus
Federika
Lispector
mitologia
serafínica
irina estava vestida de beatriz primeira posava para mais um
clássico do surrealismo de magrite no quarto preparava a cama para a chegada de
wermer a alta temperatura do verão de sorocaba alterou a visão pictórica do pintor da menina dos
brincos de pérola que no jardim enfiava o pincel por entre a espessa barba
esperando a primavera lady gumes apressada como sempre se aproveitou da cama e
vive uma calorosa noite de amor sem mesmo querer saber quem era a serafina
debaixo dos lençóis maranhenses
Pastor de
Andrade
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meu santo daime um querubim e
leve federico baudelaire de volta pra iriri meus cardápios são familiares a
tempos estou em greve de sexo o e endomoniado e satânico não me dá sossego nem
com poema de fernando pessoa já apelei até para a bahia de todos os santos jorge
amado ogum oxumaré fiz despacho pra iansã na boa viagem flores pra yemanjá e o
bendito não sossega apelar pra rúbia de nada vale ela também não quer mais o
rejeitado lá mergulhando em suas águas
Federika Lispector
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federika nem adianta apelar
pra mim mesma que não quero federico aqui já dei um basta chega de tentação
minha encarnação é outra estou incorporada numa nova transa de sal e mar
yemanjá me leva para outros portos/corpos definitivamente o meu amor é lance de
dados que só permito a um poeta tocar nas cartas de tarô no jogos de búzios
está tudo lá escrito e sacramentado cuide dos seus despachos aí com bastante
atenção nessa boa viagem do recife encontre a sua pedra de toque pra ver se ele sossega pois senão minha mãe
ele vai te atentar pelo resto sua vida daqui a eternidade
Rúbia Querubim
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