quarta-feira, 27 de julho de 2022

por onde andará macunaíma?


por onde andará Macunaíma?

 

Há quase 2 anos ando nessa procura e ninguém ainda me respondeu essa loucura

as vezes o vejo nos ruídos nas ranhuras

mas aí ele desaparece nas sombras da parede e se mistura e me parece que está numa gravura as vezes de VanGog outras vezes César Castro se veste de Zeus em noites de bacantes se traveste Dionísio e me oferece um vinho me arruma a cama e me deixa em desavinho

 

Rúbia Querubim

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sem poesia a vida fica vazia


foto: Welliton Rangel na Geleia Geral - Revirando A Tropicália - 1ª Edição -Santa Paciência - Casa Criativa - Rua Barão de Miracema, 81 - Campos ex-dos Goytacazes


grafitemas e figuralidades

estou escrevendo um mini conto um grafitema umas figuralidades não é coisa de cinema a mais nua e crua realidade certa noite ela me veio não era sonho era uma noite de chuva com seus dois grandes olhos e mãos tão pequenas como quem grafita na areia um espelho d´água à beira mar na lua cheia vinha vestida de letras como o som da flauta de bambu dentro do fonema veio de longe da outra margem do rio dentro da tapera o cauim me trouxe na tigela bebi como índio na hora que vê nascer o filho beijei teus cabelos de milho e ela me perguntou quem eu era

Artur Gomes
O Homem Com A Flor Na Boca
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Jura Secreta 44

para Juninho Vaccari

 

eu sou o outro que habita

dentro do meu outro eu

não a casca da cápsula

da carcaça aqui de fora

 

o que se vê no espelho

é só miragem

- Narciso mergulhado

à própria sombra -

 

o cavalo

na folhagem esse sim

é o que se vê na tela

quando a câmera revela

o concreto da outra pessoa

que não sou

 

Artur Gomes

do livro Juras Secretas

Editora Penalux - 2018

imagem: Felipe Stefani

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foto: Alice Lira 

no poema o que ficou?

para Cesar Augusto de Carvalho

no poema ficou caco de vidros
azulejando nos azuis
no poema ficou o corte mais aberto
o sangue mais secreto
tanto mal secando blues

no poema ficou a língua cega
a faca desdentada
a fome afiada onde era mel agora é pus
no poema ficou o obsceno não sagrado
o beijo ensanguentado
o abstrato do concreto

no poema ficou um objeto
um soneto esfacelado
um hiato no decreto
no poema ficou mais um retalho
mais um trapo do espantalho
nesse circo abjeto

no poema ficou o sangue amargo
numa noite quase nada
num curral analfabeto
no poema ficou a escuridão
nuvens de cinzas
onde antes era luz

no poema eu fiquei de pé quebrado
no velório esquartejado
nessa terra de tanta cruz.

Artur Gomes
Pátria A(r) mada

segunda edição lançamento em  setembro

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Fulinaíma MultiProjetos

fulinaima@gmail.com

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